MG: policiais denunciam baixo salário e falta de estrutura para combater facções

Enquanto o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) expandem suas atividades em Minas Gerais, autoridades, policiais e representantes das forças de segurança alertam para a gravidade da situação. O aumento da presença dessas facções no estado tem colocado em evidência a fragilidade no combate à criminalidade. Com salários consideravelmente abaixo da média nacional, policiais militares se veem desmotivados e enfrentam dificuldades para lidar com a escalada do crime organizado.

A falta de estrutura e o déficit de efetivo agravam ainda mais a situação. Viaturas paradas por falta de pneus e um efetivo reduzido nas polícias Militar e Civil dificultam as operações de combate ao tráfico de drogas e outras atividades criminosas. A queda no número de policiais ao longo dos anos tem sido um desafio significativo, comprometendo a capacidade de resposta das forças de segurança diante da crescente influência do PCC e do Comando Vermelho.

O avanço dessas organizações criminosas é percebido não apenas pelos números, mas também pelos relatos de agentes em atividade. A pressão exercida pelos grupos sobre as comunidades locais e as forças de segurança tem se intensificado, aumentando os riscos para quem está na linha de frente do combate ao crime. Além disso, a falta de investimentos adequados por parte do governo estadual contribui para agravar a situação, gerando preocupações entre prefeitos e representantes da segurança pública.

Diante desse cenário desafiador, especialistas enfatizam a importância de uma abordagem integrada e colaborativa entre as diferentes instituições de segurança, visando fortalecer as estratégias de combate ao crime organizado. A troca de informações e o trabalho conjunto entre as polícias Militar, Civil e Federal, juntamente com o Ministério Público, tornam-se ainda mais cruciais diante do avanço do PCC e do Comando Vermelho em Minas Gerais.