O estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma tragédia sem precedentes, com as fortes chuvas resultando em uma catástrofe que já ceifou a vida de 66 pessoas, de acordo com o mais recente boletim da Defesa Civil divulgado neste domingo (5/5). Além disso, seis óbitos estão sob investigação, aumentando ainda mais a gravidade da situação.

O número de desaparecidos permanece alarmante, com 101 pessoas ainda não localizadas, enquanto 155 indivíduos foram feridos pelos desastres naturais. A dimensão da tragédia é evidenciada pelo impressionante número de desalojados, que já chega a 80.573 pessoas. Esta crise afeta diretamente 332 municípios e mais de 700 mil cidadãos.

As consequências das enchentes são devastadoras, com imóveis destruídos, estradas interrompidas e redes de energia elétrica inoperantes. O abastecimento de água também está comprometido, com quatro das seis estações de tratamento da região fora de operação, levando o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), a apelar por racionamento.

A situação se agrava com a interrupção do fornecimento de energia elétrica em mais de 421 mil pontos, e 664 escolas estaduais afetadas, sendo 250 delas danificadas. Nas estradas, há 113 pontos de bloqueio total ou parcial em 61 rodovias, complicando ainda mais os esforços de socorro e reconstrução.

Esta é, sem dúvida, uma das maiores tragédias naturais já enfrentadas pelo estado, exigindo uma resposta coordenada e eficaz das autoridades e da comunidade como um todo.