Guilherme Morais, ex-vereador mais votado de Brumadinho e pré-candidato a prefeito do município, está no centro de mais uma polêmica. Nesta quinta-feira (9), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) o denunciou por estelionato. A acusação se baseia em uma transação envolvendo a compra de uma caminhonete no valor de R$ 200 mil, paga com 20 cheques pré-datados, dos quais Morais sustou os pagamentos a partir da sexta parcela.

De acordo com a promotoria, o ex-vereador transferiu o veículo para o nome dele e, em seguida, o repassou a terceiros, deixando a vítima com um prejuízo de R$ 152 mil. O promotor Mário Konichi Higuchi Júnior argumenta que Morais se valeu de cheques sem fundos para obter vantagem indevida em prejuízo alheio.

A defesa de Morais alega que houve um desacordo comercial com a vítima, justificando a suspensão dos pagamentos após receber o veículo com avarias e defeitos. O ex-vereador afirma ser alvo de perseguição política, sobretudo por liderar as intenções de votos em pesquisas na cidade.

Essa não é a primeira vez que o nome de Guilherme Morais é associado a controvérsias. Em meio à pandemia da Covid-19, ele promoveu uma festa de aniversário com aglomeração de pessoas, desrespeitando medidas sanitárias. O episódio gerou sua expulsão do Partido Verde (PV) por "desvios éticos".

Além disso, em setembro do ano passado, Morais foi preso sob suspeita de atirar em um homem após uma discussão, e em março deste ano, entregou carta de renúncia à presidência da Câmara de Brumadinho após um pedido de cassação do mandato. As investigações sobre esses e outros incidentes envolvendo o ex-vereador estão em andamento.