A política brasileira está fervilhando para as eleições municipais deste ano, mas também com especulações sobre as eleições presidenciais de 2026. Entre os nomes que surgem como possíveis candidatos, a chapa formada por Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro emerge como uma combinação poderosa, capaz de enfrentar com competetividade a possível reeleição do ex-presidente Lula.
Tarcísio de Freitas: O “Trator do Brasil”
Tarcísio de Freitas, atual Ministro da Infraestrutura, conquistou notoriedade por sua atuação incansável na área de transportes e logística. Sua gestão é marcada por obras de infraestrutura, como a revitalização e conclusão de diversas rodovias importantes do país, e a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco. Tarcísio é fime em seus propósitos. Em apenas um ano de governo ele conseguiu fazer o que Romeu Zema de Minas não fez em cinco: privatizou a maior estatal de saneamento do Brasil, a SABESP.
Com um potencial de votos em um estados-chave como São Paulo, onde obteve expressiva aprovação popular, Tarcísio se posiciona como uma alternativa sólida à esquerda.
Michelle Bolsonaro: A Primeira-Dama Atuante
Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, também entra em cena. Em uma pesquisa recente feita pela Paraná Pesquisas ela ficou em empate técnico com o atual presidente Lula, um feito significativo para quem ainda nem se posicionou como pré-candidata de fato. Michelle demonstra muita força em estados considerados bolsonaristas. Sua presença entre a comunidade evangélica também é significativa. Michelle é uma figura carismática e atuante, capaz de mobilizar eleitores e agregar votos à chapa.
Mas por que essa chapa seria a “tempestade perfeita” contra Lula? Vamos analisar:
Desaprovação de Lula:
Pesquisas recentes indicam que a popularidade de Lula não é tão inabalável quanto se pensava e está longe de registrar as marcas de seus dois primeiros mandatos onde chegou a atingir 80% de aprovação. Apesar de recentemente ter registrado uma aprovação de 51% (incluindo quem aponta seu governo apenas como regular), o índice de desaprovação é considerado alto por especialistas, dentro do limite daquilo que pode ser considerado como um candidato viável eleitoralmente.
Apoio dos Governadores de Direita:
Pelo menos 7 dos principais estados do país são governados por governadores do espectro político de direita. Alguns deles almejam uma candidatura presidencial, porém enfrentam desafios. Romeu Zema, Ratinho e Ronaldo Caiado têm destaque e alta aprovação apenas em seus estados de origem e não possuem grande reconhecimento nacional. Uma chapa Tarcísio-Michele, por outro lado, transcende fronteiras estaduais e agrega apoio em várias regiões do país.
Caiado, Zema, Ratinho Júnior e outros governadores de direita podem não ter a devida projeção nacional necessária para uma disputa a nível presidencial, mas seriam cabos-eleitorais de primeira linha, principalmente se toparem uma disputa para o senado de seus respectivos estados.
Apoio de Jair Bolsonaro
Apesar de ter perdido seus direitos políticos devido a perseguição da justiça brasileira, Jair Bolsonaro é amplamente reconhecido como um dos principais líderes de direita no Brasil e figura proeminente no cenário mundial. Seu forte apelo popular é inegável, e ele tem a capacidade de mobilizar multidões.
Bolsonaro conquistou uma base de apoiadores fervorosos, que o veem como um defensor das pautas conservadoras e da segurança pública. Sua retórica direta e estilo combativo ressoam com muitos eleitores, especialmente aqueles que buscam uma abordagem mais assertiva na política.
Além disso, sua presença nas redes sociais e sua habilidade em se comunicar diretamente com seus seguidores contribuem para sua influência. Ele é capaz de atrair atenção, gerar debates e polarizar opiniões.
Mesmo inelegível, Bolsonaro continua arrastando multidões por onde passa no Brasil
Em resumo, a chapa Tarcísio e Michelle surge como uma opção competitiva, capaz de desafiar a hegemonia de Lula e oferecer uma alternativa viável para o Brasil em 2026. Resta acompanhar os desdobramentos políticos e ver se essa “tempestade perfeita” se concretizará após as eleições municipais.
