O Governo de Minas encaminhará à Assembleia Legislativa, na próxima quinta-feira (2/5), um Projeto de Lei (PL) que prevê um reajuste geral de 3,62% nos salários de todo o funcionalismo público do estado. Contudo, essa medida está gerando descontentamento entre os servidores, pois o percentual proposto está abaixo da taxa de inflação para o período.

Apesar da intenção de valorizar os servidores, a recomposição salarial retroativa a janeiro de 2024 não acompanha o aumento do custo de vida. Com um impacto financeiro anual de R$ 1.723.648.733,57, a proposta beneficia mais de 610 mil servidores, porém não oferece um aumento real de salário.

Esse reajuste frustra as expectativas dos servidores, que enfrentam dificuldades financeiras e veem seu poder de compra diminuído com a alta dos preços. Além disso, a medida pode prejudicar o desempenho e a motivação dos funcionários públicos, que esperavam um reajuste mais condizente com a realidade econômica do país.

O texto precisará ser aprovado pelos deputados estaduais e sancionado pelo governador Romeu Zema (Novo) para entrar em vigor. O último reajuste geral do funcionalismo foi concedido em 2022, também linear (beneficiando todas as categorias), de 10,06%. Na ocasião, o governo enfrentava uma série de manifestações de servidores. Para hoje, está previsto um protesto dos trabalhadores da segurança pública.