O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), recorreu às redes sociais neste sábado (2) para criticar a atuação do governo federal na área de segurança pública, defendendo que o país precisa de “mais ação e menos debate” para combater a criminalidade. A declaração veio após Zema recusar um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma reunião em Brasília, que reuniu governadores para discutir a segurança pública em nível nacional. Contudo, a postura de Zema em buscar uma gestão “independente” em Minas tem gerado mais insatisfação do que resultados positivos.
Em Minas Gerais, a situação da segurança pública é crítica. O governo enfrenta tensões com o funcionalismo da área, que constantemente denuncia negociações complicadas, reajustes salariais aquém do esperado e reformas estruturais que, segundo os servidores, pioram as condições de trabalho e de operação. Com frequentes manifestações de descontentamento por parte das forças de segurança, a gestão de Zema tem sido alvo de críticas por sua incapacidade de oferecer uma resposta eficaz aos problemas de remuneração, infraestrutura e planejamento que afetam diretamente o trabalho policial e a segurança dos cidadãos.
Enquanto Zema aponta a responsabilidade para o governo federal, afirmando que a União deveria focar mais nas fronteiras para impedir a entrada de armas e drogas, muitos analistas argumentam que essa postura serve mais como justificativa para os problemas crescentes de segurança em Minas do que como uma solução real para o estado. A falta de diálogo com Brasília, somada a uma gestão considerada ineficiente pelos próprios servidores da segurança, tem deixado Minas em um cenário de insegurança e insatisfação.
Apesar das críticas à esfera federal, o governador parece não ter apresentado resultados concretos para lidar com os problemas dentro de Minas Gerais. Em vez de avançar com uma política de segurança pública eficaz, Zema insiste em uma gestão isolada que, segundo especialistas, apenas agrava a crise no setor. O afastamento de diálogos e de parcerias nacionais coloca em risco a segurança da população mineira, que vê a criminalidade crescer enquanto o governo estadual permanece em embates políticos e em tentativas de responsabilizar a União.