Em entrevista à Rádio Itatiaia durante a COP 29 no Azerbaijão, o governador Romeu Zema (Novo) se posicionou contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que visa reduzir a jornada semanal e extinguir a escala de trabalho 6x1. Para Zema, essa regulamentação deveria ser uma decisão acordada entre empresas e trabalhadores, sem necessidade de intervenção legal.
Romeu Zema, que é diretor licenciado do Grupo Zema — uma das maiores empregadoras de Minas Gerais, com forte atuação no setor de varejo e serviços automotivos — defende que o Brasil já é um dos países que mais regula as relações trabalhistas. Segundo ele, folgas e jornadas devem ser definidos diretamente entre adultos, conforme o que for mais conveniente para ambas as partes.
O governador classificou a PEC como uma perda de tempo para o Congresso, que deveria focar em reformas mais urgentes, como a reforma administrativa. Zema concluiu dizendo que muitos, na sua visão, estão em busca apenas de visibilidade com propostas desse tipo, em vez de promover mudanças que reduzam o custo do Estado e aliviem a carga tributária sobre empresas e cidadãos.
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, manifestou-se contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada semanal para 36 horas e adotar uma escala de quatro dias de trabalho.
Durante o Congresso Mineiro de Novos Gestores, Simões argumentou que a medida poderia aumentar o desemprego ao longo do tempo, defendendo uma legislação trabalhista mais flexível.