Um bebê de apenas 1 ano e 4 meses perdeu a vida tragicamente após ser atingido por um tiro na cabeça na cidade de Araporã, no Triângulo Mineiro, na noite deste sábado (16). O caso, repleto de contradições, levou à apreensão do pai da criança, de 18 anos, e de um adolescente de 17 anos, apontado como amigo da família.
Inicialmente, os pais da criança afirmaram à Polícia Militar que estavam em um bar quando dois homens em uma moto teriam efetuado disparos, atingindo a menina. Porém, imagens de câmeras de segurança desmentiram essa versão, não mostrando nenhuma moto nas proximidades. Em vez disso, os vídeos revelaram o adolescente correndo com uma arma nas mãos, levantando suspeitas.
O jovem foi localizado e, em depoimento, alegou que estava nos fundos de uma casa com o pai do bebê e um primo, testando uma arma de fogo. Ele afirmou que o disparo ocorreu acidentalmente, mas não conseguiu especificar quem foi o responsável pelo tiro. Em um momento, confessou ser o indivíduo nas imagens segurando a arma, mas depois mudou sua narrativa, dizendo que descartou o objeto em um rio.
Além disso, a namorada do adolescente relatou que ele chegou em casa, foi direto tomar banho e contou que o disparo aconteceu sem que percebessem que a arma estava carregada. Já o primo afirmou estar fora da residência ouvindo música em um carro e só escutou o barulho do tiro.
O local do incidente, segundo informações preliminares, é conhecido por ser frequentado por usuários de drogas. O proprietário da casa ainda não foi encontrado para prestar depoimento.
Devido às contradições nos relatos, tanto o pai da criança quanto o adolescente foram detidos e seguem como suspeitos enquanto as investigações prosseguem. O caso gerou comoção na pequena cidade e levanta questões sobre a posse e o uso irresponsável de armas de fogo.