Um projeto de lei que propõe a eliminação dos radares móveis das rodovias brasileiras está gerando intenso debate nas esferas legislativas e entre especialistas em trânsito. A proposta defende que apenas radares fixos, devidamente sinalizados, sejam mantidos para monitoramento de velocidade, com o objetivo de proporcionar maior transparência e previsibilidade aos motoristas.
Defensores do projeto argumentam que os radares móveis frequentemente criam situações de fiscalização abusiva, com dispositivos instalados de forma inesperada e gerando multas surpresa para condutores. A proposta visa fortalecer a confiança no sistema de controle de trânsito, garantindo que os motoristas saibam onde estão sendo monitorados.
Por outro lado, críticos apontam para os potenciais impactos na segurança viária. Radares móveis são frequentemente usados em áreas estratégicas onde não é possível instalar radares fixos, como trechos perigosos ou locais com condições variáveis de tráfego. Sua remoção pode deixar vulneráveis pontos críticos de rodovias, aumentando o risco de acidentes.
O projeto já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e segue em análise em outras comissões antes de ser votado no plenário da Câmara dos Deputados. Caso aprovado, representará uma significativa mudança na política de fiscalização de trânsito no país.
A proposta reacendeu o debate sobre a relação entre segurança e arrecadação nas rodovias, com questionamentos sobre até que ponto o modelo atual equilibra esses dois aspectos. Enquanto a discussão avança, especialistas e autoridades avaliam os desafios e os possíveis impactos dessa mudança para motoristas e para a segurança nas estradas.
