A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha "pleno conhecimento" de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi divulgada pela CNN Brasil e consta no relatório que deve ser entregue ao STF ainda nesta quinta-feira (21).
De acordo com as investigações, o plano, idealizado por um grupo de militares do Exército, incluía métodos como envenenamento para atingir o então presidente eleito, explorando sua vulnerabilidade devido a visitas frequentes a hospitais. O plano visava também Geraldo Alckmin e pretendia ser executado em dezembro de 2022, antes da posse. Os envolvidos, conhecidos como "kids pretos", faziam parte das Forças Especiais do Exército.
A defesa de Bolsonaro foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre o caso. Caso o relatório seja aceito, essa será mais uma peça no conjunto de investigações envolvendo o ex-presidente, que já enfrenta outros processos por supostos crimes durante e após seu mandato.
O caso gerou reações em Brasília e reforça o cenário político turbulento, colocando o governo, a oposição e as Forças Armadas sob intensa vigilância da opinião pública e das instituições judiciais.