A Polícia Federal (PF) divulgou, nesta terça-feira (26), um relatório de mais de 800 páginas apontando o envolvimento direto do ex-presidente Jair Bolsonaro em um suposto plano de golpe de Estado. O documento, que teve seu sigilo retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), detalha que Bolsonaro teria planejado e coordenado ações para desestabilizar o Estado Democrático de Direito.
De acordo com as investigações, Bolsonaro não apenas teria ciência das movimentações, mas também mantido controle sobre atos executados por uma organização criminosa que visava a ruptura democrática. A PF ressalta que o golpe não se concretizou por circunstâncias alheias à vontade do ex-presidente.
O relatório inclui provas consideradas contundentes, colocando a Procuradoria-Geral da República (PGR) diante da responsabilidade de analisar as evidências e decidir se apresentará uma denúncia formal ao STF. Além de Bolsonaro, outras 36 pessoas são investigadas por participação na trama.
Essa revelação representa um momento crítico na política brasileira, podendo trazer implicações jurídicas e políticas profundas. Se uma denúncia for formalizada, o caso deverá testar a resiliência das instituições democráticas e influenciar o cenário político nacional nos próximos meses.