Nesta terça-feira (3), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) discute o projeto de reforma do Ipsemg, de autoria do governador Romeu Zema. O projeto, aprovado em primeiro turno na última semana, está na pauta da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária às 11h. A expectativa é que o PL seja analisado e, possivelmente, aprovado no segundo turno até quarta-feira (4).
O governo estadual argumenta que as mudanças são essenciais para evitar o colapso do Ipsemg, que enfrenta dificuldades financeiras. Entre as alterações propostas estão o aumento do piso de contribuição de R$ 33,00 para R$ 60,00 e o teto de R$ 275,15 para R$ 500,00, além do fim da isenção para filhos dependentes com menos de 21 anos. A proposta visa reequilibrar as contas do instituto, que enfrenta um déficit significativo, e garantir a sustentabilidade do sistema de saúde para servidores públicos.
No entanto, a reação dos servidores públicos do estado tem sido majoritariamente negativa. Eles expressam insatisfação com o governo de Zema, acusando-o de transferir a responsabilidade da crise do Ipsemg para os próprios trabalhadores. As mudanças propostas são vistas como um ataque aos direitos dos servidores, especialmente no que se refere ao aumento das contribuições e ao corte de benefícios, como a isenção para filhos dependentes. Além disso, muitos argumentam que o governador deveria buscar alternativas que envolvessem mais investimentos no Ipsemg, ao invés de penalizar os servidores.
A oposição na ALMG tem se aliado ao descontentamento dos servidores, e promete resistir ao projeto. Eles buscam, sobretudo, "desidratar" o texto, tentando retirar pontos que consideram mais prejudiciais ao funcionalismo. Por outro lado, o governo acredita que a reforma será aprovada ainda esta semana, dado o calendário apertado de votações e o número de sessões extras agendadas.