O senador Cleitinho deu um passo importante na defesa da moralidade no serviço público ao protocolar a PEC que busca barrar os supersalários. A proposta é clara: acabar com as distorções que permitem servidores ultrapassarem o teto constitucional por meio de auxílios e indenizações.
Com coragem e objetividade, Cleitinho enfrenta uma estrutura cheia de privilégios, trazendo para o debate a necessidade de mais justiça e equilíbrio nos gastos públicos. Caso aprovada, a medida não só economizará recursos, mas também reforçará a confiança da população em um setor público mais ético e eficiente.
Parece que a moda dos reajustes salariais generosos pegou fogo em Minas Gerais. Após o governador Romeu Zema sancionar um aumento de quase 300% no próprio salário, Congonhas decidiu não ficar para trás. O próximo prefeito da cidade receberá R$ 43.900 mensais, superando o salário do próprio Zema e quase igualando ao do presidente Lula.
A justificativa? A mesma ladainha de sempre: corrigir distorções e atrair talentos. Afinal, quem não gostaria de um emprego público com salário de executivo e estabilidade? Enquanto isso, os servidores de base continuam esperando por migalhas.
É interessante notar como a "correção de inconstitucionalidades" sempre resulta em aumentos para o topo da pirâmide. Resta saber quando essa generosidade chegará aos professores, policiais e profissionais de saúde que sustentam o serviço público. Mas, pelo visto, para eles, a austeridade continua sendo a regra.
Arthur Lira, sempre estrategista, deixou escapar algo que mexeu com a direita e inquietou o "sistema": a possibilidade de Jair Bolsonaro ser o principal candidato em 2026, mesmo diante de sua inelegibilidade. A fala, feita durante o "Fórum JOTA – Brasil em 10 anos", reacendeu debates que muitos achavam encerrados.
Comparando a situação de Bolsonaro com a de Lula, Lira lembrou que, no Brasil, tudo é possível — especialmente quando o jogo político conta com reviravoltas dignas de novela. Bolsonaro pode, sim, registrar sua candidatura enquanto pedidos de impugnação transitam. Quem sabe, até lá, uma anistia o tire da condição de inelegível. E, convenhamos, anistias já não são novidade na política brasileira.
Enquanto isso, o ex-presidente continua sendo alvo de perseguições e críticas. Afinal, sua trajetória política segue sendo um verdadeiro campo minado. Porém, para o desespero do "sistema", sua popularidade e o apoio de aliados estratégicos, como Lira, mostram que Bolsonaro ainda é uma força considerável — ou, como dizem alguns, o "fantasma" que assombra os corredores do poder.
Resta saber: será que o “sistema” conseguirá neutralizar essa carta na manga ou veremos, mais uma vez, um embate épico nas urnas? De qualquer forma, 2026 promete emoções fortes, com ou sem Bolsonaro no pleito.
Minas Gerais enfrentou no início de 2024 uma das piores epidemias de dengue de sua história, com mais de 1,3 milhão de casos confirmados e 1.091 mortes. Especialistas alertam que, com a chegada do verão e as condições climáticas cada vez mais favoráveis à proliferação do Aedes aegypti – altas temperaturas e chuvas intensas –, o estado vive um cenário de surto iminente, com perspectivas de piora nos próximos meses.
O quadro é alarmante, mas, como sempre, o clima parece ser o culpado oficial. Enquanto isso, a gestão de Romeu Zema é criticada pela falta de planejamento e de investimentos na saúde pública. Afinal, com prioridades como aumentar o próprio salário em cerca de 300%, quem tem tempo para focar em medidas estruturais de combate ao mosquito? Para aqueles que podem pagar, a vacina está disponível no setor privado por R$ 350 – valor inviável para a maioria da população, que segue dependendo de um sistema público sobrecarregado.
Campanhas de conscientização continuam pedindo à população para dedicar “dez minutos diários” à inspeção de criadouros em casa. Afinal, nada como responsabilizar o cidadão enquanto o governo foca em decisões mais "estratégicas". Com isso, 80% dos criadouros seguem localizados nas residências, mas sem suporte governamental adequado para medidas de maior impacto.
Com as condições atuais, especialistas alertam que o número de casos pode disparar novamente, agravando ainda mais uma situação que já deveria ter sido controlada. Culpar o clima é prático, mas não resolve um problema que exige ações coordenadas, planejamento e investimentos reais na saúde pública. Por enquanto, o que parece crescer com consistência é a expectativa de epidemia – e a paciência dos mineiros segue se esgotando.