O Ministério Público Eleitoral (MPE) ingressou com uma ação na Justiça Eleitoral contra a vereadora Ivanete de Fátima Dias Silva, o vice-prefeito eleito Gustavo Henrique Machado de Oliveira e outras quatro pessoas, incluindo o prefeito reeleito Marcelo Nonato Figueiredo, por suspeita de compra de votos em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a promotoria, o grupo teria praticado "captação ilícita de sufrágio" durante o primeiro turno das eleições municipais, em 6 de outubro. A denúncia aponta que eleitores foram pagos com valores entre R$ 50 e R$ 100 em troca de votos. Em alguns casos, os investigados exigiam o envio do comprovante de votação para verificar se os candidatos realmente haviam sido beneficiados.
A operação se intensificou no dia da eleição, quando policiais civis realizaram buscas em uma casa no Centro de Esmeraldas, identificada como ponto de distribuição de dinheiro. No local, foram encontrados santinhos, celulares e evidências de conversas que indicavam o esquema de compra de votos.
Entre os envolvidos, está Wellington Adriano Silva Júnior, filho da vereadora Ivanete, que teria financiado ações como a plotagem de veículos e postagens nas redes sociais em apoio à mãe. O prefeito Marcelo Nonato foi incluído na ação como litisconsorte obrigatório, uma vez que sua chapa majoritária é considerada indivisível, mas ele não é alvo direto da investigação criminal.
O MP pede à Justiça a cassação do registro ou diploma dos eleitos e a aplicação de multas aos envolvidos, além de prosseguir com investigações para ampliar as provas, incluindo a quebra de sigilo bancário e análise de celulares apreendidos.
Até o momento, os representados não se pronunciaram sobre as acusações. O caso segue sob análise da Justiça Eleitoral.