O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiram cancelar seus recessos de fim de ano para dar celeridade ao processo envolvendo a denúncia contra os responsáveis por uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Gonet permanece em Brasília analisando os relatórios da Polícia Federal relacionados aos indiciamentos, como o caso do general Braga Netto, preso em dezembro. Moraes, por sua vez, segue liderando os processos sob sua relatoria, mantendo o controle direto dos julgamentos urgentes no STF.
A expectativa é que a denúncia seja julgada pela Primeira Turma do STF logo no início de fevereiro, composta pelos ministros Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Ministros da Segunda Turma, como Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Bolsonaro, não participarão do julgamento.
A Procuradoria-Geral da República segue trabalhando em ritmo acelerado, priorizando a definição de medidas como arquivamento, pedido de investigações ou denúncia formal contra os investigados.