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Número de pessoas em situação de rua cresce 25% no Brasil, atingindo 327 mil em 2024

O cenário reforça a necessidade urgente de ações que vão além da assistência básica, promovendo políticas públicas que enfrentem as raízes da exclusão social

03/01/2025 às 05h32
Por: Redação
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Número de pessoas em situação de rua cresce 25% no Brasil, atingindo 327 mil em 2024

O Brasil registrou um aumento expressivo na população em situação de rua, que saltou de 261.653 em dezembro de 2023 para 327.925 no final de 2024, segundo o levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/POLOS-UFMG). Esse número é 14 vezes maior do que o registrado em 2013, quando o país contabilizava 22.922 pessoas nessa condição.

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O estudo baseia-se nos dados do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), que aponta a população em vulnerabilidade e subsidia políticas públicas. A Região Sudeste concentra 63% do total de pessoas em situação de rua, com destaque para São Paulo, que responde por 43% do total nacional. No estado paulista, o número passou de 106.857 em 2023 para 139.799 em 2024, um aumento de 12 vezes em relação a 2013.

De acordo com André Luiz Freitas Dias, coordenador do observatório, o crescimento reflete tanto o fortalecimento do CadÚnico como registro quanto a ausência de políticas públicas estruturantes para moradia, trabalho e educação. Dados revelam que 70% dessa população não concluiu o ensino fundamental, enquanto 11% são analfabetos, dificultando o acesso ao mercado de trabalho.

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Robson César Correia de Mendonça, representante do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, destacou que há mais imóveis vazios na capital paulista (590 mil) do que pessoas vivendo nas ruas (92.556). Segundo ele, reformar essas propriedades para uso habitacional seria uma solução mais eficaz e econômica do que a manutenção de abrigos, mas a falta de vontade política impede avanços significativos.

Enquanto isso, o Fundo Estadual de Assistência Social de São Paulo destinou cerca de R$156 milhões em 2024 para serviços de Proteção Social Especial. No entanto, a ausência de dados mais recentes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social dificulta uma avaliação detalhada do impacto dessas medidas.

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O cenário reforça a necessidade urgente de ações que vão além da assistência básica, promovendo políticas públicas que enfrentem as raízes da exclusão social e garantam direitos fundamentais como moradia e educação.

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