Parlamentares de oposição anunciaram a realização de uma grande manifestação no dia 7 de abril de 2025, para instituir o "Dia Nacional de Combate à Corrupção". A data foi escolhida estrategicamente como um contraponto ao 8 de janeiro, que partidos de esquerda e o governo federal têm promovido com fins meramente políticos, segundo os organizadores do evento.
Enquanto o 8 de janeiro vem sendo usado por grupos ligados ao governo como uma forma de reforçar narrativas políticas, o 7 de abril pretende resgatar o debate sobre corrupção como um tema de interesse nacional. A data remete à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de abril de 2018, em São Bernardo do Campo, após ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Para os idealizadores, esse episódio simboliza a importância da luta contra práticas corruptas e o fortalecimento das instituições.
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) anunciou que apresentará uma proposta ao Congresso Nacional para tornar o 7 de abril uma data oficial no calendário cívico brasileiro. "Enquanto o governo tenta criar um feriado político no 8 de janeiro, queremos instituir um marco de reflexão e conscientização contra a corrupção", declarou Gayer. O senador Sergio Moro (UNIÃO-PR), ex-juiz da Lava Jato, confirmou presença nos atos e destacou que o 8 de abril simboliza a luta por instituições independentes e pela ética na gestão pública.
Além da manifestação, que ocorrerá em várias capitais brasileiras, os organizadores pretendem realizar debates e palestras com lideranças políticas, movimentos sociais e especialistas em combate à corrupção. Segundo o deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS), o evento busca mobilizar a população e reafirmar o compromisso com a transparência e a moralidade na política. "A corrupção não é de direita ou esquerda, mas usar datas como o 8 de janeiro para fins políticos é uma tentativa de desviar o foco do que realmente importa: combater práticas corruptas e melhorar a vida dos brasileiros", concluiu.
Caso a proposta de Gayer seja aprovada, o 7 de abril poderá se consolidar como um dia de conscientização nacional, funcionando como um verdadeiro contraponto a iniciativas que, segundo a oposição, buscam politizar eventos históricos sem efetiva preocupação com a sociedade.