O fechamento da fábrica da M. Dias Branco em Lençóis Paulista, que ocorreu na última segunda-feira (6), resultou na demissão de quase 500 funcionários. A unidade, que fazia parte do grupo desde 2003, foi desativada como parte de uma estratégia de reestruturação da empresa. O fechamento, que também afeta a comunidade local, ocorre em meio a um cenário de recessão econômica, onde as empresas buscam maneiras de reduzir custos e aumentar a eficiência operacional.
De acordo com o Grupo M. Dias Branco, a produção da unidade será transferida para outras fábricas do Brasil, com o objetivo de otimizar a logística e melhorar a competitividade no mercado. Marcas como Adria, Piraquê e Fortaleza, que pertencem à companhia, continuam sendo comercializadas, mas agora sob a estrutura das demais unidades do grupo. A empresa argumenta que a decisão visa garantir uma maior agilidade na entrega dos produtos.
Para tentar mitigar os impactos sociais da medida, a M. Dias Branco negociou um pacote de benefícios com o sindicato dos trabalhadores. Entre as iniciativas, estão cursos de capacitação para ajudar na recolocação dos funcionários no mercado de trabalho, uma ação que, apesar de positiva, não consegue eliminar o impacto da perda de empregos em uma região dependente da fábrica.
Fundada em 1953, a M. Dias Branco é a maior produtora de biscoitos da América Latina, com unidades industriais em vários estados do Brasil. A empresa tem consolidado sua liderança no setor ao longo das décadas, mas o fechamento da fábrica de Lençóis Paulista demonstra a dureza das medidas adotadas para enfrentar a crise econômica. Esse tipo de reestruturação traz à tona o dilema entre a busca por maior eficiência e os desafios sociais e humanos envolvidos em processos de demissão em larga escala.