O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, declarou que o estado não participará do Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag) caso os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto original não sejam revertidos. Segundo Zema, as alterações feitas pelo governo federal desfiguraram o plano, tornando-o menos vantajoso do que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
Em coletiva realizada nesta quarta-feira (15), Zema afirmou que o projeto inicial, de autoria do senador Rodrigo Pacheco, era positivo, mas foi "mutilado" durante o processo de sanção presidencial. Para o governador, as mudanças comprometem a eficácia do programa, que não atenderia às necessidades de estados altamente endividados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Os chefes do Executivo desses estados planejam se mobilizar em Brasília para pressionar o Congresso pela derrubada dos vetos. De acordo com Zema, o atual formato do Propag retira benefícios previstos pelo RRF, inviabilizando a adesão mineira. Governadores Eduardo Leite (RS) e Cláudio Castro (RJ) também criticaram as alterações, classificando-as como prejudiciais aos seus estados.
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Enquanto a decisão final do Congresso não ocorre, o governador mineiro sinaliza que continuará avaliando alternativas para a sustentabilidade fiscal de Minas Gerais.