O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um parecer contrário à solicitação de Jair Bolsonaro para viajar aos Estados Unidos e participar da posse de Donald Trump. Segundo o procurador, não foi demonstrada "necessidade básica, urgente e indeclinável" que justificasse a saída do ex-presidente do Brasil.
O pedido, que será decidido pelo ministro Alexandre de Moraes, enfrenta um entrave: Bolsonaro está com o passaporte retido como parte das investigações que o envolvem, incluindo suspeitas de participação em um plano para impedir a posse de Lula em 2022.
A defesa de Bolsonaro sustenta que a viagem tem importância simbólica e política, além de reforçar laços entre os dois países. Entretanto, Moraes determinou que o ex-presidente comprove a veracidade do convite enviado, que teria sido recebido pelo deputado Eduardo Bolsonaro por meio de um e-mail de origem não identificada.
A PGR reiterou que, sem justificativa plausível, a saída de Bolsonaro do país pode comprometer o andamento das investigações e desrespeitar as medidas cautelares impostas pelo STF. A decisão sobre o caso é aguardada com grande expectativa política.