Romeu Zema parece ter descoberto a fórmula perfeita para lidar com crises financeiras: quando a casa está pegando fogo, a prioridade é investir em móveis novos. Enquanto Minas Gerais se afoga em dívidas bilionárias, o governador sancionou um aumento salarial de quase 300% para si mesmo, seu vice e seus secretários. Porque, claro, nada grita mais “austeridade” do que um salário de R$ 37,5 mil no bolso.
A cereja do bolo? Zema ainda acusa o governo federal de “impor custos adicionais aos mineiros”, como se a conta do seu aumento astronômico fosse paga pelo Papai Noel. Parece que, em Minas, a austeridade é um conceito elástico, que só se aplica aos outros – nunca à turma do andar de cima.
Enquanto Javier Milei impõe um choque de austeridade na Argentina e começa a colher os frutos de sua reforma fiscal, o Brasil parece continuar atolado em uma crise de gastança. Milei, com coragem e determinação, cortou gastos, reduziu a inflação e atraiu investimentos estrangeiros, reposicionando o país no cenário internacional. Em apenas um ano, ele reverteu uma trajetória de descontrole econômico, exigindo sacrifícios do povo argentino, mas com a promessa de um futuro mais estável.
Do outro lado da fronteira, Zema adota a austeridade... mas só para os outros. Enquanto prega a contenção de despesas, sanciona aumentos astronômicos para si e sua equipe, criando um paradoxo que só contribui para a crise fiscal de Minas Gerais. A lição de Milei é clara: para sair da crise, é preciso coragem para cortar o inchaço da máquina pública e restaurar a confiança no governo. Resta saber se o Brasil aprenderá com esse exemplo ou continuará tomando o caminho mais fácil, mas perigoso, do gasto sem controle.
Imposto Sindical: O Retorno do Velho Clássico
Depois do recuo no caso do monitoramento do Pix, o governo, sem perder o ritmo, nos apresenta seu mais novo "presente": o retorno do imposto sindical. Claro, porque nada diz "bem-estar" como tirar mais dinheiro do bolso do povo. Lula, com sua habilidade única, vai tentar enfiar essa ideia goela abaixo no Congresso, e a oposição, como sempre, promete uma resistência feroz.
Bolsonaro, sempre o otimista, prometeu fazer "o possível" para barrar esse retrocesso, enquanto Rogério Marinho, do PL, foi mais direto: o imposto sindical é "mais um tapa na cara do trabalhador". Não poderíamos concordar mais.
E assim, o governo aposta que o Congresso aceitará mais esse golpe, mas já sabemos que a verdadeira batalha será travada nos corredores da política, com direito a muitas reviravoltas e, claro, muito sarcasmo. O Brasil, como sempre, espera por mais um "presente" indesejado.