A tragédia que deixou 39 mortos na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), teve como um dos fatores principais o uso de drogas pelo motorista da carreta envolvida no acidente. A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que o condutor estava sob efeito de cocaína e ecstasy no momento da colisão, que ocorreu na madrugada de 21 de dezembro de 2024.
O acidente aconteceu quando um bloco de granito, transportado pela carreta bitrem, se soltou e atingiu um ônibus com 45 passageiros. O coletivo perdeu o controle, colidiu com o caminhão e pegou fogo. Vinte e cinco corpos foram carbonizados, incluindo o do motorista do ônibus, Weberton da Silva Ribeiro.
O condutor da carreta, preso nesta terça-feira (21) no Espírito Santo, também havia ingerido substâncias como alprazolam para se manter acordado. Ele fugiu do local após a colisão, mas foi capturado após decreto do juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal de Teófilo Otoni.
Entre os fatores apontados na investigação estão: excesso de peso da carga, falta de descanso adequado, jornada exaustiva, ausência de conferência das condições do transporte e velocidade acima do permitido. A carreta trafegava a 90 km/h, enquanto o limite na via era de 80 km/h.
A tragédia na BR-116, considerada uma das rodovias mais perigosas do Brasil, escancara a precariedade do transporte rodoviário no país e a necessidade de maior fiscalização para evitar novas tragédias. Além do ônibus e da carreta, um carro de passeio foi atingido, mas os ocupantes sobreviveram.
Enquanto famílias ainda buscam por justiça e enfrentam o luto, o caso reforça a urgência de medidas mais rigorosas contra imprudências no trânsito e práticas que colocam vidas em risco.