O ministro dos Transportes, Renan Filho, alfinetou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, por não comparecer à cerimônia de assinatura do contrato de concessão da BR-381. O evento, que aconteceu no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (22), marcou o início de um investimento de R$ 10 bilhões na modernização da rodovia, conhecida como "rodovia da morte".
Renan acusou Zema de colocar interesses políticos acima do bem-estar da população mineira, afirmando que o governador deveria estar presente para reconhecer o impacto positivo do projeto para o estado. O presidente Lula e o ministro Rui Costa reforçaram as críticas, destacando o esforço do governo federal para priorizar obras essenciais em Minas.
O contrato prevê duplicações, faixas adicionais, áreas de escape e passarelas ao longo de 303,4 km, beneficiando 21 municípios e gerando mais de 83 mil empregos. Nos primeiros 100 dias, reparos emergenciais, como tapa-buracos e melhorias na sinalização, terão prioridade.
A ausência de Zema, em um contexto de embates políticos recentes, intensificou o debate sobre a relação entre os governos estadual e federal, enquanto o projeto da BR-381 avança para transformar um dos trechos mais perigosos do Brasil.