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Hugo Motta e Alcolumbre confirmam favoritismo e se elegem com folga para Câmara e Senado

O presidente Lula parabenizou os eleitos em nota oficial, destacando que “um país cresce quando as instituições trabalham em harmonia”.

01/02/2025 às 20h07
Por: Redação
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Hugo Motta e Alcolumbre confirmam favoritismo e se elegem com folga para Câmara e Senado

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foram eleitos, neste sábado (1º), presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente, para os próximos dois anos. Ambos confirmaram o favoritismo e venceram com ampla vantagem em eleições marcadas por discursos em defesa das prerrogativas parlamentares e pela busca de harmonia entre os Poderes.  

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Hugo Motta, de 35 anos, recebeu 444 dos 513 votos na Câmara, tornando-se o mais jovem presidente da Casa na história. Já Davi Alcolumbre obteve 73 dos 81 votos no Senado, a terceira maior votação desde a redemocratização. O senador do Amapá retorna ao cargo após ter presidido a Casa entre 2019 e 2021.  

Contexto das eleições  

As eleições transcorreram de forma atípica, sem a intensa disputa que marcou os pleitos recentes. A última vez em que as duas Casas do Congresso elegeram seus presidentes sem grandes conflitos foi em 2003, no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.  

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Tanto Hugo Motta quanto Alcolumbre costuraram alianças que abrangeram desde o PT de Lula até o PL de Jair Bolsonaro. Após a eleição, Alcolumbre recebeu ligações de ambos os ex-presidentes, que o parabenizaram pela vitória.  

Defesa das prerrogativas parlamentares  

Em seus discursos, os novos presidentes defenderam a autonomia do Legislativo e criticaram o que consideram interferências excessivas do Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre afirmou que é essencial respeitar as decisões judiciais, mas também garantir que o Congresso exerça seu papel constitucional de legislar e representar o povo.  

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O senador citou a disputa em torno das emendas parlamentares como um "desafio" e cobrou o cumprimento de acordos para evitar conflitos entre os Poderes. Hugo Motta, por sua vez, destacou a importância da imunidade parlamentar e afirmou que um Parlamento forte é fundamental para barrar possíveis abusos de poder.  

Relação com o governo Lula  

Alcolumbre sinalizou que trabalhará "lado a lado" com o governo Lula, respeitando a agenda eleita nas urnas. Ele afirmou que nenhum senador tem autoridade para atrapalhar a agenda do Executivo. Já Hugo Motta enviou recados ao governo, cobrando estabilidade econômica e alertando para o risco de "caos social" caso as políticas públicas não sejam eficazes.  

O presidente Lula parabenizou os eleitos em nota oficial, destacando que "um país cresce quando as instituições trabalham em harmonia". Ele expressou confiança em uma parceria produtiva entre Executivo e Legislativo.  

Perfil dos eleitos  

Davi Alcolumbre, mesmo fora da presidência do Senado nos últimos quatro anos, manteve influência na Casa por meio de seu sucessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele foi um dos principais defensores das emendas de comissão, mecanismo que distribui recursos a parlamentares aliados.  

Hugo Motta, por sua vez, foi indicado por Arthur Lira (PP-AL), que encerrou seu mandato de quatro anos na Câmara. O deputado paraibano é visto como conciliador e habilidoso nas negociações, com boa relação tanto com o centrão quanto com o governo.  

Expectativas para os novos mandatos  

A eleição de Hugo Motta e Davi Alcolumbre reforça o papel do centrão no Congresso e sinaliza uma possível melhora na relação entre o Legislativo e o Executivo. Enquanto Alcolumbre prometeu apoio à agenda do governo, Hugo Motta destacou a necessidade de um Parlamento forte e independente.  

Os novos presidentes assumem em um momento de desafios econômicos e políticos, com a expectativa de que o Congresso trabalhe em conjunto com o governo para enfrentar as crises e avançar em reformas necessárias ao país.

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