A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou, nesta terça-feira (4), a primeira morte por febre amarela no estado em 2025. O óbito ocorreu em Extrema, no Sul de Minas. O caso foi registrado um dia depois de o Ministério da Saúde emitir um alerta sobre o aumento da transmissão da doença em Minas, São Paulo, Roraima e Tocantins.
A identidade e os detalhes sobre o paciente não foram divulgados. No entanto, autoridades de saúde reforçam a preocupação com a baixa cobertura vacinal no estado. De acordo com os dados mais recentes da SES-MG, entre janeiro e outubro de 2024, apenas 86,3% da população elegível havia recebido a vacina contra a febre amarela, enquanto o ideal recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95%.
A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos e pode ser prevenida por meio da vacinação, disponível gratuitamente nos postos de saúde. O esquema vacinal prevê duas doses para crianças menores de 5 anos — a primeira aos 9 meses e o reforço aos 4 anos. Para pessoas entre 5 e 59 anos que ainda não foram imunizadas, a recomendação é uma dose única. Já indivíduos acima de 60 anos precisam passar por uma avaliação médica antes da aplicação.
Diante da baixa imunização e da chegada do período sazonal da doença, que ocorre entre dezembro e maio, o Ministério da Saúde recomendou a intensificação das campanhas de vacinação e vigilância epidemiológica nas áreas de maior risco. A orientação também vale para quem pretende viajar para locais com circulação do vírus, sendo necessário tomar a vacina pelo menos 15 dias antes da viagem.
