O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou a reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa para denunciar o que chamou de “agiotagem” do governo federal na cobrança da dívida do estado. Em um discurso firme, Zema criticou não apenas a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas por tabela a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já que as mesmas condições citadas sobre a dívida foram mantidas nos dois mandatos.
O governador afirmou que Minas Gerais foi submetida a um sistema de juros abusivos há décadas e que é preciso romper esse ciclo. “Independente de governo, a verdade é que Minas vem sendo penalizada há anos. Essa cobrança sufoca nosso estado e impede investimentos essenciais para os mineiros”, declarou. Ele defendeu a derrubada dos vetos presidenciais ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) e convocou os parlamentares a se unirem para pressionar o Congresso Nacional.
Zema também ressaltou que sua gestão tem avançado na recuperação fiscal do estado, mas alertou que 2025 será um ano decisivo para resolver definitivamente o problema da dívida. Ele destacou investimentos recordes em Saúde e Educação, como a ampliação dos centros de hemodiálise e o crescimento do ensino técnico. Além disso, comemorou a criação de 140 mil empregos em 2024 e anunciou a entrega do Hospital Regional de Teófilo Otoni ainda neste ano.
Ao final do discurso, o governador reforçou a necessidade de união entre todas as forças políticas para garantir um futuro mais próspero para Minas Gerais. Citando Guimarães Rosa, afirmou: “A vida é mutirão de todos, por todos remexida e temperada.”