Após mais de 20 anos de atuação no país, a Pioneer, referência no mercado de som automotivo, anunciou o fechamento de sua fábrica na Zona Franca de Manaus. A decisão, que será concretizada nos próximos dois meses, impactará 149 funcionários e reflete as dificuldades enfrentadas pela indústria diante da crescente concorrência internacional e das mudanças no consumo de tecnologia.
Desde 2003, a unidade de Manaus foi responsável pela produção de equipamentos como rádios, centrais multimídia e alto-falantes. Nos anos 2000, a marca conquistou os brasileiros com seus icônicos CD-players "Golfinho", sinônimo de qualidade e inovação. Além do mercado de reposição, a Pioneer também forneceu equipamentos para grandes montadoras como Toyota, Honda e General Motors.
O avanço de produtos importados, especialmente da China, e a popularização das centrais multimídia nativas nos veículos reduziram a demanda por aparelhos avulsos, afetando as vendas da empresa. Diante desse cenário, a decisão de encerrar as operações no Brasil parece inevitável.
O fechamento da fábrica não afeta apenas os funcionários, mas também a economia local. O Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas já busca apoio do Ministério do Trabalho para minimizar os impactos sociais e econômicos da medida.
Embora a Pioneer encerre sua produção no país, ainda não há confirmação se a marca continuará comercializando seus produtos por meio de importação. Especialistas avaliam que essa pode ser uma alternativa para manter sua presença no mercado brasileiro.
O encerramento das atividades da Pioneer no Brasil reforça a necessidade de inovação e adaptação para a sobrevivência no setor de tecnologia automotiva. Além disso, destaca o desafio da Zona Franca de Manaus em manter sua competitividade diante das mudanças do mercado global.