Os Correios enfrentam uma crise financeira sem precedentes, acumulando um prejuízo de R$ 3,2 bilhões em 2024, o maior da história da estatal. Esse valor representa quase metade do déficit total das 20 estatais federais que, em tese, não dependem do Tesouro Nacional, cujo rombo chegou a R$ 6,3 bilhões.
O cenário para 2025 é ainda mais alarmante. Apenas nos dois primeiros meses do ano, os Correios já registraram um prejuízo de R$ 1 bilhão, o que pode levar a um déficit de R$ 5 bilhões ao longo do ano. Documentos internos indicam que a própria direção da estatal já admite a possibilidade de insolvência, o que significa dificuldades para cumprir suas obrigações financeiras. O risco de quebra é real, mas, por ser uma empresa estatal, a sobrevivência dos Correios acaba garantida pelo uso de dinheiro público para cobrir os sucessivos rombos.
Para tentar conter o avanço da crise, os Correios adotaram medidas como a implementação de um teto de gastos, a suspensão de contratações temporárias e a renegociação de contratos. No entanto, essas ações ainda não foram suficientes para equilibrar as contas da empresa. Caso a situação continue se deteriorando, a estatal poderá precisar de uma intervenção externa ainda mais robusta, exigindo mais recursos dos cofres públicos para evitar o colapso.
O futuro dos Correios segue incerto, e a crise da empresa levanta questionamentos sobre a necessidade de novas estratégias para garantir sua sustentabilidade financeira, sem depender continuamente do dinheiro do contribuinte.