O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem intensificado o embate direto com o presidente Lula (PT), buscando se firmar como principal nome da direita para as eleições de 2026. Diferente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que adota um tom mais diplomático com o petista, Zema aposta no confronto público para se destacar no cenário nacional.
Nos bastidores, a estratégia de Zema vem sendo orientada por um nome controverso: o marqueteiro que trabalhou para o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, condenado por corrupção. Contratado com dinheiro público, o profissional tem aconselhado Zema a endurecer o discurso contra Lula, fortalecendo sua imagem de opositor ferrenho do presidente.
O confronto mais recente ocorreu em Betim (MG), onde Zema criticou o alto número de ministérios e o veto de Lula ao programa de renegociação de dívidas dos estados. O presidente rebateu, elogiando sua equipe e provocando o governador mineiro a comparar sua gestão com a de Bolsonaro (PL), de quem Zema busca apoio.
A postura agressiva de Zema faz parte de um plano para consolidar sua candidatura em 2026, especialmente diante da inelegibilidade de Bolsonaro até 2030. Apesar disso, a aliança com um marqueteiro ligado a políticos condenados pode gerar desgaste e questionamentos sobre sua real posição no espectro da nova direita brasileira.