Após uma onda de protestos da população mineira e intensas manifestações nas redes sociais, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou que o estado não implementará o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em compras internacionais. A decisão reverte um decreto anterior que previa elevar a alíquota de 17% para 20%, medida que entraria em vigor nesta terça-feira, 1º de abril.
A forte reação popular, com críticas e mobilizações online, pressionou o governador a reconsiderar a medida. Zema justificou a mudança de posicionamento afirmando que o aumento do ICMS era um esforço conjunto entre os estados para proteger a indústria nacional, mas diante da falta de consenso e da insatisfação da população mineira, optou por não seguir adiante com a medida.
A decisão de aumentar a "taxa das blusinhas" havia sido aprovada pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) em dezembro de 2024. A medida visava alinhar a tributação de produtos importados com a de produtos nacionais, buscando equilibrar a concorrência no mercado. No entanto, a falta de adesão de todos os estados, somada à pressão popular, levou Minas Gerais a recuar em sua decisão.