A cidade de Balneário Camboriú, conhecida por sua paisagem urbana repleta de edifícios altos e considerada um polo de verticalização no Brasil, acaba de ter um novo projeto anunciado que promete impactar o cenário arquitetônico mundial. A Triumph Tower, idealizada em parceria entre a construtora FG Empreendimentos e a Havan, do empresário Luciano Hang, tem como objetivo ultrapassar a marca dos 500 metros de altura. Caso se concretize, a construção se tornará o maior prédio residencial do planeta, superando o atual detentor do título, a Steinway Tower localizada em Nova York. O local escolhido para este empreendimento grandioso é a Barra Sul, uma área nobre da cidade catarinense.
A escolha de Balneário Camboriú para sediar um projeto desta magnitude não é aleatória. A cidade possui um histórico de crescimento vertical acentuado, impulsionado tanto pelo desenvolvimento turístico quanto pela valorização imobiliária. Dados do Censo Demográfico de 2022 revelam que mais da metade da população local reside em apartamentos, um reflexo da busca por otimização do espaço em uma região de faixa litorânea estreita e de grande beleza natural. Esse contexto geográfico e o aquecido mercado imobiliário, que atrai investidores nacionais e internacionais, contribuem para a viabilidade de empreendimentos de alto padrão como a Triumph Tower.
Contudo, a intensa verticalização também apresenta desafios significativos para o município. Questões relacionadas à infraestrutura urbana, como o aumento do fluxo de veículos, a demanda por saneamento básico e a necessidade de expansão dos serviços públicos, tornam-se cruciais para garantir a qualidade de vida da população. Adicionalmente, é preciso considerar os possíveis impactos ambientais de construções desse porte, como a alteração da paisagem e a projeção de sombras extensas. Apesar desses desafios, o avanço das tecnologias na construção civil abre caminho para projetos inovadores que buscam aliar altura, sustentabilidade e eficiência energética, indicando que a tendência de verticalização em centros urbanos deve continuar.