A conta de luz para os consumidores de baixa tensão, que engloba residências, pequenos comércios e propriedades rurais, deve ter um aumento médio de 4,67% no próximo ano. A projeção foi divulgada por entidades representativas do setor de energia solar. O cálculo leva em consideração diversos fatores que impactam no valor final da energia, como o aumento dos encargos setoriais, os custos relacionados à transmissão de energia, a atualização dos contratos de fornecimento e também um incremento na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
De acordo com o levantamento realizado pelas entidades representativas do setor de energia solar, a maior parte desse reajuste, cerca de 90%, está relacionada ao aumento de duas tarifas específicas: a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e a tarifa Fio B. Essas tarifas são componentes importantes no cálculo da conta de luz e refletem os custos de levar a energia até os consumidores. A projeção das entidades indica que os reajustes nos valores da energia elétrica para os consumidores de baixa tensão apresentarão variações dependendo do perfil de cada contrato e dos custos operacionais específicos de cada distribuidora de energia.
As entidades representativas do setor de energia solar estimam que a maioria das concessionárias de energia elétrica deve apresentar variações nas contas de luz entre uma redução de 3% e um aumento que pode chegar a 13%. Em cenários mais extremos, a variação pode ir de uma queda de até 10% a um acréscimo significativo de até 29%. Apesar desse aumento projetado para o próximo ano, as entidades ressaltam que o reajuste previsto para 2025 é inferior ao que foi registrado em anos anteriores. Como exemplo, citam o ano de 2022, quando a crise hídrica no país levou ao acionamento de usinas termelétricas e ao uso mais intenso de bandeiras tarifárias, o que resultou em contas de luz mais elevadas para os consumidores.
VER TAMBÉM