Em um cenário de crescente apreensão em relação à saúde financeira do estado, o governo de Minas Gerais anunciou a iminente publicação de um decreto de contingência, programado para esta sexta-feira (18). A medida extrema visa implementar cortes significativos nos gastos de secretarias e órgãos estaduais, numa tentativa desesperada de conter o avanço do desequilíbrio fiscal. A administração estadual reconhece a gravidade da situação, admitindo que a medida é uma ferramenta para tentar manter as contas em dia e evitar um colapso ainda maior.
Contrariando o discurso de preservação dos serviços essenciais, paira uma grande incerteza sobre quais áreas serão mais afetadas pelas restrições orçamentárias. O governo se limitou a informar que a "reorganização interna" buscará otimizar recursos, sem, contudo, detalhar quais secretarias e órgãos terão seus orçamentos drasticamente reduzidos. A população teme que a crise atinja diretamente setores cruciais como segurança, educação e saúde, apesar das declarações oficiais em sentido contrário.
O impacto das medidas já começa a ser sentido, com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) emitindo uma circular interna que determina a suspensão imediata de diligências administrativas e do Treinamento Policial Básico (TPB). A ordem é clara: quaisquer recursos financeiros recebidos para tais atividades deverão ser devolvidos integralmente aos cofres públicos. Essa decisão levanta sérias questões sobre a capacidade operacional da corporação e a segurança da população em um momento delicado para as finanças do estado.