Durante a cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, fez duras críticas ao governador Romeu Zema, acusando-o de negligenciar a tradicional forma mineira de fazer política, o 'mineirismo'. Segundo Oswaldo, Zema estaria priorizando seus interesses eleitorais em detrimento das necessidades do estado.
Embora o prefeito não tenha mencionado diretamente, observadores políticos notaram que o discurso de Zema buscou acenar ao eleitorado bolsonarista, alimentando especulações sobre uma possível candidatura à presidência em 2026. Oswaldo lamentou o que considera um declínio da "mineirice", contrastando a atuação de Zema com a de figuras como Tancredo Neves e Fuad Noman, que, segundo ele, prezavam pelo diálogo e pela construção de consensos.
Além das críticas à postura política de Zema, Oswaldo também expressou a insatisfação de diversos municípios com a repactuação do acordo da tragédia de Mariana. Ele acusou o governador de ignorar as demandas das comunidades afetadas, priorizando os interesses das mineradoras. O prefeito cobrou ações concretas do governo estadual, especialmente no que diz respeito à infraestrutura e às obras públicas.
A fala de Oswaldo gerou repercussão no meio político mineiro, com diversos setores criticando a suposta utilização da cerimônia para fins eleitorais. A acusação de negligência do 'mineirismo' também gerou debate sobre o futuro da política em Minas Gerais.