A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) discute o Projeto de Lei que propõe um reajuste de 5,26% nos salários dos servidores da educação básica, com a matéria já aprovada em três comissões parlamentares e apta para votação em primeiro turno. A proposta do governador Romeu Zema, que prevê um impacto orçamentário de R$ 1,184 bilhão, estende o índice a diversas categorias, incluindo inativos e pensionistas.
No entanto, a tramitação ocorre em um cenário de críticas sobre a valorização da educação no estado. Parlamentares da oposição e entidades sindicais têm reiterado que a educação em Minas Gerais tem sofrido um processo de desvalorização desde o início do primeiro mandato do governo Zema, apontando a categoria como uma das mais desvalorizadas do país. Essa alegação ganha força com a rejeição de uma emenda que buscava um reajuste maior, alinhado ao piso nacional do magistério.
Apesar do avanço do PL, a discussão em Plenário promete ser intensa. Deputados como Beatriz Cerqueira e Sargento Rodrigues já anunciaram a apresentação de emendas. Cerqueira busca garantir que nenhum servidor receba menos que o salário mínimo, enquanto Rodrigues defende a extensão do reajuste aos servidores da segurança pública. As críticas à política salarial do governo e os questionamentos sobre os cortes anunciados contrastam com o discurso de equilíbrio financeiro do estado, levantando debates sobre as prioridades da gestão e o futuro da valorização dos profissionais da educação em Minas Gerais.