O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a prisão imediata do ex-presidente Fernando Collor de Mello, após rejeitar seus recursos contra a condenação de 8 anos e 10 meses de prisão, decorrente de investigações da Operação Lava Jato. A decisão do ministro alega que os recursos apresentados pela defesa de Collor possuíam caráter meramente protelatório, visando apenas atrasar o cumprimento da pena.
Para referendar a decisão, Moraes solicitou ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, a convocação de uma sessão virtual extraordinária, agendada para esta sexta-feira (25), das 11h às 23h59. No entanto, a ordem de prisão tem caráter imediato, podendo ser cumprida antes mesmo da análise dos demais ministros do Supremo.
A condenação de Collor pelo STF ocorreu em maio de 2023, após o tribunal considerar comprovado o recebimento de R$ 20 milhões em propina, provenientes da construtora UTC Engenharia, em troca de favorecimento em contratos com a BR Distribuidora. Em março deste ano, a defesa de Collor apresentou novos recursos, alegando prescrição do crime de corrupção passiva, os quais foram rejeitados por Moraes.