Enrique Lewandowski, filho do atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, está atuando como advogado em defesa da Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), entidade que se encontra sob investigação da Polícia Federal. O escritório de advocacia onde Enrique Lewandowski trabalha, Panella Advogados, representa a Ambec em um processo que tramita no Tribunal de Contas da União (TCU). As investigações do TCU apontam para irregularidades em descontos realizados em benefícios de pensionistas desde o ano de 2024.
Além da Ambec, o mesmo escritório de advocacia também presta serviços ao Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap), outra associação envolvida nas investigações. A Cebap é acusada pela Controladoria-Geral da União (CGU) de ter recebido a quantia de R$ 139 milhões. A ligação entre o filho do ministro e as associações investigadas foi revelada pelo portal Metrópoles, levantando questionamentos sobre a possibilidade de conflitos de interesse, considerando que a Polícia Federal, responsável pelas investigações, está subordinada ao Ministério da Justiça, liderado por Ricardo Lewandowski.
A Ambec, por sua vez, é acusada de captar um montante de R$ 231 milhões sem a devida autorização dos beneficiários. Em decorrência de uma auditoria realizada, o TCU determinou que o INSS implementasse medidas como o bloqueio de novos descontos e a restituição dos valores obtidos de forma indevida. O envolvimento de Enrique Lewandowski na defesa da Ambec foi formalizado em 6 de março, antecedendo a Operação Sem Desconto da Polícia Federal. Essa operação resultou no afastamento do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de outros dirigentes do órgão. Após a operação, o presidente Lula efetuou a demissão de Stefanutto e, posteriormente, exonerou o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
resumo
O filho do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, atua como advogado da Ambec, associação investigada pela Polícia Federal por captar R$ 231 milhões sem consentimento de beneficiários do INSS. O escritório de Enrique Lewandowski também representa o Cebap, acusado pela CGU de receber R$ 139 milhões. O TCU detectou irregularidades nos descontos desde 2024 e exigiu medidas do INSS. A atuação do filho do ministro levanta questionamentos sobre conflito de interesses, já que a PF, responsável pela investigação, é subordinada ao Ministério da Justiça. A defesa da Ambec por Enrique Lewandowski ocorreu antes da operação da PF que afastou o presidente do INSS e levou à exoneração do ministro da Previdência.
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