Em um momento de forte emoção, o ex-presidente Jair Bolsonaro, recém-saído do hospital DF Star em Brasília após uma cirurgia intestinal, fez um apelo emocionado pela anistia dos manifestantes detidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Com a voz embargada e lágrimas nos olhos, Bolsonaro questionou a severidade das penas impostas, mencionando o caso de Débora dos Santos, sentenciada a 14 anos de prisão, e expressando sua indignação com a situação. Ele comparou o tratamento dado aos manifestantes com a anistia concedida a militantes de esquerda em ocasiões passadas, argumentando que as punições atuais são desproporcionais.
Durante sua breve declaração à imprensa, Bolsonaro reiterou sua posição de que os atos de janeiro não envolveram violência armada, enfatizando a ausência de sangue ou armas de fogo. Ele criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela demora na disponibilização de provas para sua defesa, alegando que isso prejudicou a formulação de seus argumentos jurídicos. Mesmo em recuperação e sob recomendações médicas para evitar esforços físicos, Bolsonaro expressou o desejo de participar da "Marcha Pacífica da Anistia Humanitária", agendada para 7 de maio em Brasília, caso sua saúde permita.
Além disso, Bolsonaro contestou a caracterização dos atos como imperdoáveis, defendendo que a anistia é um direito legítimo. Ele questionou o motivo de seu nome ser vinculado aos eventos, considerando que ele estava nos Estados Unidos na época. A defesa do ex-presidente se baseia em uma comparação com anistias passadas, buscando apoio para a causa dos manifestantes presos, e ressaltando a emoção do ex-presidente ao tratar do assunto.