A saúde em Minas Gerais enfrenta um cenário caótico diante da baixa adesão à vacinação contra a gripe, com apenas 21% da população prioritária imunizada, colocando o estado em uma posição preocupante no ranking nacional. Enquanto o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) explode, com 438 óbitos e mais de 7.480 hospitalizações somente em 2025, a campanha de imunização esbarra na desconfiança e na falta de informação, fatores que podem ter sido agravados por um vídeo divulgado meses atrás, no qual o governador Romeu Zema e outros políticos mineiros questionavam a eficácia e a segurança das vacinas.
A gravação, que circulou amplamente nas redes sociais, levantou dúvidas na população e pode ter contribuído para a hesitação em procurar a imunização, mesmo diante do crescente risco de contaminação e das graves consequências de doenças como a SRAG, condição associada a infecções respiratórias como a gripe e a Covid-19. A situação levou o governo estadual a decretar estado de emergência em saúde pública, com 13 municípios também em situação de emergência epidemiológica devido ao aumento alarmante de casos.
Apesar da ampliação da campanha de vacinação para todas as pessoas a partir de seis meses de idade e dos esforços para conter o avanço das doenças respiratórias, a fragilidade do sistema de saúde em Minas e levanta questionamentos sobre a postura de lideranças políticas em relação à ciência e à saúde pública em um momento crítico para o estado.
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