O governo Lula manifestou oposição à instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar o esquema de fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, intensificou as articulações no Congresso, instruindo a base governista a não apoiar a iniciativa. Paralelamente, parlamentares da oposição continuam a reunir assinaturas para dar seguimento à investigação.
O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) já protocolou um pedido de CPI na Câmara, reunindo 185 assinaturas, superando o mínimo necessário de 171. A proposta visa apurar o que o parlamentar classifica como "Roubo dos Aposentados". No entanto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que já existem 12 pedidos de CPI aguardando instalação. Altineu Côrtes (PL-RJ), primeiro vice-presidente da Câmara, defendeu a importância da CPI, argumentando que o governo deveria apoiar a transparência das investigações.
A fraude no INSS, que envolve descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas, mobilizou diversas autoridades e gerou indignação entre os afetados. A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) estão conduzindo investigações sobre o esquema, que envolve sindicatos e associações. O governo federal ainda não descartou a possibilidade de utilizar recursos públicos para ressarcir os beneficiários prejudicados.
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