Um estudante de 12 anos passou por uma situação de injúria racial dentro de sua escola em Uberaba, localizada no Triângulo Mineiro. Um colega de classe escreveu palavras ofensivas como “negro” e “macaco” no caderno do garoto. O incidente ocorreu na Escola Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco na quarta-feira da semana anterior. Diante do ocorrido, a família da vítima não hesitou em procurar a Polícia Militar, registrando um boletim de ocorrência detalhando o caso.
No registro policial, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) consignou que o jovem vinha sofrendo, ao longo dos últimos meses, diversas formas de injúrias raciais e outras manifestações de bullying por parte de um colega, também com 12 anos de idade. Contudo, no momento de relatar o episódio do caderno, o menino não soube identificar precisamente o autor das ofensas. A mãe da criança foi chamada à escola após seu filho receber uma advertência. Na ocasião, ele justificou sua atitude alegando ser alvo de racismo por parte do colega, a quem respondeu chamando de “orelhudo”. O professor que atendeu à ocorrência advertiu o menino, mas não tomou nenhuma providência em relação ao outro estudante, alegando não ter presenciado os fatos anteriores.
Após o registro do boletim de ocorrência, a direção da escola tomou medidas, convocando o pai do aluno apontado como autor das ofensas e aplicando uma suspensão à criança. Em nota oficial, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) expressou seu veemente repúdio a qualquer forma de discriminação racial, étnico-racial, preconceito ou racismo, reafirmando que o ambiente escolar deve ser um espaço de paz, respeito e aprendizado para todos. A secretaria assegurou que todas as providências necessárias foram prontamente adotadas pela direção da unidade de ensino, incluindo a convocação dos pais dos envolvidos para uma reunião com a diretoria e a equipe do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE). Adicionalmente, o órgão destacou as iniciativas já em curso para o combate ao bullying e ao racismo, como a realização de palestras educativas e a implementação do Projeto Socioemocional.
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