Com uma dívida histórica com a União que alcançou a expressiva marca de R$ 165 bilhões, Minas Gerais enfrenta um período de esforços para equilibrar suas finanças, visando garantir a saúde dos cofres públicos e a oferta de serviços essenciais à população. A escalada desta dívida, que se intensificou de maneira notável durante o governo Zema, representa um significativo limitador para o desenvolvimento sustentável do estado. Este cenário é resultado, em parte, da ausência de projetos de longo prazo e de compromissos consistentes por gestões passadas.
Economistas têm enfatizado a urgência de que os governos implementem ações que perdurem além das mudanças de administração política, assegurando sua continuidade e impacto positivo a longo prazo. O economista Paulo Paiva, ex-ministro e ex-secretário de Estado, argumenta que as decisões tomadas no passado moldam o presente, e as escolhas atuais definirão o futuro do estado. Ele aponta para a fragilidade da sustentabilidade fiscal e a falta de discussões que ofereçam a segurança necessária para o futuro de Minas Gerais, especialmente diante do crescente débito com a União.
Para Paulo Paiva, a solução para este complexo problema não reside em medidas superficiais ou na expectativa de auxílio federal. Ele defende a construção de sólidas parcerias entre o governo, o setor privado e a sociedade civil como um caminho essencial para encontrar soluções eficazes, inclusive no âmbito fiscal. O economista destaca a importância de envolver a sociedade civil, um pilar que transcende a dicotomia entre Estado e mercado, reconhecendo seu potencial para contribuir de forma duradoura na busca por um futuro fiscal mais estável para Minas Gerais.
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