A Prefeitura de Santana do Paraíso, através da sua Secretaria Municipal de Saúde, organizou nesta quinta-feira um evento significativo em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que ocorre em 18 de maio. A iniciativa partiu do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da cidade, com o intuito primordial de consolidar a rede de apoio psicossocial e fomentar a discussão acerca de abordagens de cuidado que respeitem a liberdade dos indivíduos.
O vice-prefeito de Santana do Paraíso, José Anício Oliveirinha, enfatizou a importância da ação, declarando que "ao trazer à tona essa relevante discussão sobre a luta antimanicomial em nosso município, reafirmamos nosso compromisso com a edificação de uma rede de atenção em saúde mental mais humana, inclusiva e dedicada ao bem-estar da nossa população. Nosso dever é acolher com respeito e dignidade todos aqueles que necessitam de auxílio".
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A programação do evento incluiu uma palestra conduzida pelo médico psiquiatra Dr. João Victor Pereira Pimentel, que discorreu sobre os pilares e a relevância da Luta Antimanicomial. Adicionalmente, foi promovida uma roda de conversa que reuniu usuários dos serviços, profissionais da saúde e convidados, com foco em temas cruciais como acolhimento, escuta atenta, dignidade e os direitos das pessoas que enfrentam sofrimento psíquico.
O Dia Nacional da Luta Antimanicomial serve como um momento crucial para a sociedade refletir sobre suas práticas em relação à saúde mental. O psiquiatra João Victor Pereira Pimentel, atuante no CAPS de Santana do Paraíso, salientou que "hoje, o CAPS representa a garantia de um tratamento em liberdade. Precisamos impulsionar uma assistência que se fundamente no respeito, na escuta e no cuidado em liberdade, reiterando o direito das pessoas de viverem em sociedade com dignidade e autonomia". O movimento da Luta Antimanicomial advoga por um modelo de cuidado em que pessoas com transtornos mentais recebam tratamento sem a privação de seus direitos civis e sociais, questionando o modelo tradicional de internações psiquiátricas e propondo a reestruturação da política de saúde mental através de serviços abertos, comunitários e integrados ao território.