A Polícia Civil de Minas Gerais está operando sob um regime de racionamento de combustível para suas viaturas, uma consequência direta do corte orçamentário de R$ 1,1 bilhão implementado pelo governo estadual. A medida restringe o número de abastecimentos mensais permitidos para cada veículo, o que tem gerado preocupações significativas dentro da corporação em relação à continuidade e eficácia das investigações.
De acordo com relatos de policiais, o limite de abastecimento já está impactando a realização de diligências cruciais, incluindo deslocamentos para o interior do estado e até mesmo para outras unidades federativas. O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindipol) manifestou sua preocupação, afirmando que a capacidade investigativa da polícia está sendo diretamente comprometida pela escassez de recursos para o combustível das viaturas.
As novas diretrizes internas estabelecem que todas as viaturas flex devem utilizar apenas etanol, com abastecimentos restritos a postos credenciados. Para viaturas descaracterizadas, o limite é de cinco abastecimentos com etanol e quatro com gasolina ou diesel por mês. Já as viaturas caracterizadas podem abastecer quatro vezes com etanol e três com gasolina ou diesel mensalmente. Além disso, os policiais foram orientados a adotar uma condução mais econômica, utilizando marchas adequadas e evitando o uso do ar-condicionado, exceto em viagens longas com vidros fechados.
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