A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta quinta-feira (22), a Operação Descrédito, uma ação de grande envergadura para desarticular uma sofisticada organização criminosa especializada em golpes bancários, cujos prejuízos estimados já ultrapassam a cifra de R$ 20 milhões. Mais de uma centena de policiais civis estão envolvidos na operação, que cumpre 16 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em diversas localidades do estado, incluindo Belo Horizonte, municípios da Região Metropolitana e cidades do interior.
As investigações, que tiveram início em setembro de 2024 a partir da denúncia de uma vítima em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, revelaram o modus operandi da quadrilha. O grupo agia de forma articulada, envolvendo gerentes e ex-gerentes de instituições financeiras, além de escritórios de advocacia, para fraudar empréstimos e realizar movimentações financeiras indevidas, utilizando documentos falsificados. Os crimes apurados englobam estelionato, lavagem de dinheiro, falsificação e uso de documentos falsos. Até o momento, mais de 100 vítimas, entre pessoas físicas e jurídicas, já foram identificadas, demonstrando a abrangência e o impacto das ações criminosas.
A operação resultou na prisão de 15 dos 16 alvos dos mandados de prisão preventiva, incluindo quatro gerentes e dois ex-gerentes de bancos. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de 97 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, visando reverter parte dos prejuízos causados pelos golpes. A Polícia Civil continua o trabalho de investigação e novas informações sobre o desdobramento da operação serão divulgadas ao longo do dia, à medida que os trabalhos de campo forem concluídos e os inquéritos avançarem.
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