O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, está avaliando uma escalada nas sanções contra o Supremo Tribunal Federal (STF), com a possibilidade de atingir outros ministros da Corte e seus familiares diretos. A iniciativa surge em resposta às possíveis reações do STF às sanções já articuladas contra o ministro Alexandre de Moraes, demonstrando uma estratégia americana de ampliar a pressão sobre o judiciário brasileiro.
Investigações do Departamento de Justiça dos EUA teriam identificado ministros do STF cujas esposas são proprietárias de escritórios de advocacia no Brasil. A Casa Branca considera esses negócios como fontes significativas de renda para as famílias dos magistrados, justificando sua inclusão nas medidas restritivas para aumentar a eficácia das sanções. A medida cogitada visa aplicar bloqueios financeiros aos escritórios pertencentes às esposas de ministros como Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Empresas com relações comerciais com os EUA e cidadãos norte-americanos seriam impedidos de contratar os serviços jurídicos desses estabelecimentos.
Na quarta-feira (21), o secretário de Estado Marco Rubio confirmou que a imposição de sanções diretas contra Alexandre de Moraes está sendo seriamente avaliada, incluindo a aplicação da Lei Magnitsky.5 Essa legislação permite aos Estados Unidos adotar sanções contra autoridades estrangeiras envolvidas em corrupção ou violações de direitos humanos. A declaração de Rubio, proferida durante uma audiência no Congresso, reforça a intenção da administração Trump de confrontar membros do Judiciário brasileiro, considerados críticos à sua gestão e ao alinhamento político entre os dois países. A possível ampliação das sanções poderá marcar uma escalada inédita nas relações entre Washington e Brasília, impactando não apenas as figuras públicas diretamente envolvidas, mas também seus entornos familiares e profissionais.
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