Minas Gerais confirmou recentemente um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), conhecida como gripe aviária, em uma ave ornamental localizada em um sítio em Mateus Leme, na Grande BH. Em resposta a essa detecção, o estado decretou emergência sanitária animal em todo o seu território, com um prazo de 90 dias, conforme publicado em edição extra do Diário Oficial. A medida visa conter a disseminação da doença e proteger a saúde animal e, consequentemente, a humana.
O decreto estabelece uma cooperação entre o setor privado e o poder público para a implementação de medidas de monitoramento, ações preventivas e análises de risco da IAAP. As diretrizes adotadas seguirão os protocolos do Ministério da Agricultura e Pecuária, bem como as normas sanitárias vigentes, buscando uma abordagem coordenada para a prevenção e o enfrentamento da doença. Essa iniciativa é parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, um plano elaborado em 2022 por União, estados e setor produtivo, em resposta ao surgimento dos primeiros focos da doença na América do Sul.
As ações de monitoramento e prevenção incluem rigorosas medidas de biosseguridade em granjas comerciais, campanhas de educação sanitária, vigilância constante em propriedades consideradas de risco, além do cadastro e vistoria em criatórios de subsistência. O governo ressalta que, até o momento, a produção avícola do estado não foi comprometida. É importante frisar que a transmissão da gripe aviária de aves para humanos é rara, ocorrendo geralmente em situações de alta exposição viral ou em indivíduos com baixa imunidade. A doença não é transmitida por alimentos bem cozidos, o que reforça a importância das práticas de segurança alimentar. Em 2023, Minas Gerais já havia registrado um caso de Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (H9N2) em um pato de vida livre, que não representava risco para humanos e causava poucos sintomas nas aves.
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