Os consumidores brasileiros sentirão o peso na conta de luz a partir de junho, com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciando a adoção da bandeira tarifária vermelha, patamar 1. Essa mudança resultará em um custo adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A decisão reflete o cenário de baixas afluências em todo o país, o que leva o Operador Nacional do Sistema (ONS) a projetar uma redução na geração hidrelétrica.
A necessidade de acionar fontes de energia mais onerosas, como as usinas termelétricas, eleva os custos de geração e, consequentemente, impacta o valor final para o consumidor. Em maio, a bandeira amarela já havia sido acionada, marcando a transição do período chuvoso para o seco, com previsões de chuvas e vazões nos reservatórios abaixo da média. Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, indicando condições favoráveis de geração de energia no país.
O sistema de bandeiras tarifárias, implementado pela Aneel em 2015, tem como objetivo sinalizar os custos variáveis da geração de energia elétrica. Quando a bandeira é verde, não há acréscimo na conta. No entanto, com as bandeiras amarela ou vermelha, os valores são ajustados. No patamar amarelo, o acréscimo é de R$ 1,885 a cada 100 kWh. Já na bandeira vermelha, existem dois patamares: o primeiro adiciona R$ 4,463 por 100 kWh, enquanto o segundo eleva o valor para R$ 7,877 por 100 kWh. Em Minas Gerais, a conta de luz da Cemig já foi reajustada em 7,36% para os clientes residenciais, impactando cerca de 5,5 milhões de consumidores em 774 municípios.
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