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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro confirma que o ex-presidente presenciou reunião sobre minuta golpista

Mauro Cid também reafirmou o teor de seus depoimentos de delação premiada à Polícia Federal

09/06/2025 às 17h46
Por: Redação
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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro confirma que o ex-presidente presenciou reunião sobre minuta golpista

O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, confirmou em interrogatório nesta segunda-feira (9) sua presença em uma reunião na qual foi apresentado ao então presidente um documento com propostas para decretar estado de sítio e prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades, em 2022. Cid, que também é delator nas investigações da trama golpista, foi o primeiro réu do núcleo 1 a ser interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal.

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Durante o depoimento, Mauro Cid detalhou que o ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro, Felipe Martins, levou ao ex-presidente um documento com a proposta golpista para reverter o resultado das eleições de 2022 em pelo menos duas ocasiões. Segundo o militar, Bolsonaro leu a minuta e sugeriu alterações no conteúdo. O documento consistia em duas partes: a primeira, com cerca de dez a doze páginas, continha considerandos que listavam possíveis interferências do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no governo Bolsonaro e nas eleições; a segunda parte, mais jurídica, abordava temas como estado de defesa, estado de sítio e prisão de autoridades.

Mauro Cid também reafirmou o teor de seus depoimentos de delação premiada à Polícia Federal e negou ter sofrido qualquer tipo de pressão para firmar o acordo. Ele declarou ter presenciado grande parte dos fatos, mas sem participação direta neles. O interrogatório de Cid faz parte de uma série de depoimentos que ocorrerão entre os dias 9 e 13 de junho, nos quais Alexandre de Moraes interrogará o ex-presidente Jair Bolsonaro, Braga Netto e outros seis réus acusados de envolvimento na trama para impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o resultado das eleições de 2022.

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