A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (13/6) uma operação que resultou na prisão do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, na cidade de Recife, Pernambuco. A detenção ocorreu em meio a investigações sobre o possível envolvimento de Machado em ações que teriam como objetivo dificultar apurações relacionadas a uma suposta organização criminosa e favorecimento pessoal. O caso ganha relevância nacional, visto que o ex-ministro teve atuação em episódios recentes que geraram questionamentos por parte das autoridades federais.
As investigações apontam que Gilson Machado teria tentado intervir junto ao consulado de Portugal para a obtenção de um passaporte em nome do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a apuração, a intenção seria facilitar a saída de Cid do Brasil, o que chamou a atenção dos órgãos de controle e motivou o pedido de abertura de inquérito por parte do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Além da suposta tentativa de obtenção do passaporte para Mauro Cid, o ex-ministro é investigado por promover, em suas redes sociais, uma campanha de arrecadação de doações financeiras supostamente destinadas ao ex-presidente Bolsonaro. Essa iniciativa também está sob análise da Polícia Federal, que busca entender se há relação com possíveis tentativas de obstrução de investigações em curso. Gilson Machado nega as acusações, afirmando que tratou apenas do passaporte de seu pai, enquanto a Polícia Federal suspeita que ele poderia procurar outras embaixadas ou consulados com o mesmo objetivo de auxiliar Cid a sair do país. As autoridades seguem em busca de provas, com solicitação de buscas e apreensões em endereços ligados a Machado, visando a coleta de documentos e registros eletrônicos que possam comprovar as suspeitas.
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